Dirigentes do SINTER-MG se preparam para a formação sindical nas bases

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Preparar e capacitar dirigentes sindicais para ampliar e fortalecer a rede de formação nas bases. Esse é o objetivo do curso de Formação de Formadoras e Formadores Inicial (FFI), iniciado no dia 9/5, na Escola Sindical 7 de Outubro, em Belo Horizonte. Pelo SINTER-MG, participam a representante sindical de Januária, Fernanda Maia, o diretor da base Triângulo, Carlos Miguel Couto e o diretor da base Zona da Mata, Célio Barros. Além dos representantes dos trabalhadores da extensão rural mineira, o curso conta ainda com participação de sindicalistas do Sindecon, Sintmcelf, Sindibel, Metasita e Sindsep-MG.

O Curso é um espaço para construção de reflexões sobre a natureza formativa da ação sindical, dividido em quatro módulos. O primeiro, Concepção de Educação na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical, teve o objetivo de estimular o senso crítico e a reflexão dos sindicalistas sobre o processo de formação como forma de fortalecer a organização das trabalhadoras e trabalhadores.

O educador da Escola 7, Emanoel Sobrinho reforça a importância da atuação dos dirigentes para além do Sindicato, enquanto cidadãos: “O Curso de Formação de Formadores da CUT é um espaço para construção de reflexões sobre a natureza formativa da ação sindical. Tais reflexões visam potencializar o trabalho de base dos sindicatos, sobretudo, a partir da atuação dos e das dirigentes sindicais dentro e fora dos locais de trabalho. O local de trabalho é onde a ação sindical deve ter maior vigor, tendo em vista o contexto atual de forte ofensiva do capital contra os direitos sociais e trabalhistas. Diante deste contexto, torna-se fundamental a organização e mobilização da classe trabalhadora para a luta por cidadania.”

Para o diretor da base Zona da Mata, Célio Barros, o curso é uma oportunidade para a revitalização da luta sindical: “Vivemos um momento político turbulento no Brasil e o curso de formação é uma oportunidade para revigorarmos a atividade sindical e a unidade na luta por direitos. É importante resgatarmos a essência do sindicalismo e seus valores, nos tornando assim, mais fortes e unidos contra as políticas de opressão.”

Fernanda Maia, representante sindical de Januária vê na atividade, um momento de reflexão e construção de uma atitude mais participativa e engajada: “ A formação sindical está nos propiciando refletir e até mudar conceitos, valores e atitudes na vida, no trabalho e no movimento sindical. Estamos redescobrindo a solidariedade que deve existir entre trabalhadores, indispensável para uma verdadeira transformação social.”

O diretor da base Triângulo, Carlos Miguel Couto, avalia o aspecto fomentador de novas ideias e senso crítico, proporcionado pelo curso: “ Esta é realmente uma oportunidade de sermos estimulados a novos desafios neste cenário nacional de inércia e pessimismo. O curso cria oportunidades de capacitação de membros do SINTER-MG  a desenvolver ações motivadoras para que os trabalhadores participem ativamente e se engajem nas lutas por novas conquistas e unidade da Classe.”

A Escola Sindical 7 de Outubro

A Escola Sindical 7 de Outubro é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de agosto de 1987. Seu nome é uma homenagem aos operários mortos e feridos, na repressão a uma greve dos trabalhadores da USIMINAS, no Vale do Aço, no dia 7 de Outubro de 1963. Esse “Massacre de Ipatinga” foi um dos episódios do período de arbítrio e repressão, que durante 20 anos marcou a vida política e cultural da população brasileira. A escola é uma das unidades da rede nacional de formação da CUT, e atualmente passa por um processo de melhorias, explicado pelo coordenador geral da Escola, Adilson Pereira dos Santos: “ A Escola passa por um processo de revitalização na sua infraestrutura e na formação sindical. Revitalizar a infraestrutura para acolher melhor as trabalhadoras e trabalhadores que procuram nosso espaço para realizar suas atividades políticas, organizativas e formativas. Também é prioridade a revitalização da formação sindical como condição para que a Escola Sindical seja uma referência na construção coletiva de conhecimentos relevantes para a emancipação da classe trabalhadora. Este duplo desafio tem sido alcançado com o apoio dos sindicatos cutistas, da CUT Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, movimentos sociais e Secretaria Nacional de Formação da CUT.”

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