A classe operária brasileira começou a se organizar em sindicatos, a partir do começo do século XX. No Brasil, sob a influência de imigrantes italianos e espanhóis, no início desse século, prevaleceu a corrente anarco-sindicalista. Essa corrente lutava por uma sociedade igualitária, que seria construída através da luta sindical. Em 1906, foi fundada a Confederação Operária Brasileira – COB: em 1923, aparece a ideia de criação de uma CGT (Confederação Geral do Trabalho) e o PCB (Partido Comunista do Brasil) passa a liderar a tentativa de criar uma central única.
A década de 20 a 30 foi muito dura para os trabalhadores. As organizações sindicais eram reprimidas pela polícia. Apesar disso, a atividade sindical teve suas manifestações e conseguiu, através de greves, algumas vitórias importantes. Nessa década, Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho e os sindicatos oficiais, atrelando-os ao Estado burguês, o chamado sindicalismo amarelo.
Os movimentos sindicais oficiais e os clandestinos passam a ter uma importância no período do Estado Novo à época de 1964, vivendo anos de grande efervescência.
Em 1976, começa uma forte mobilização pela reposição de 34,1% aos salários, reajustados bem abaixo do custo de vida. Na década de 80, o país passa por uma crise econômica e social. A reação dos trabalhadores ocorre de várias formas: em abril, desencadeia-se uma onda de saques e quebra-quebra provocados pela extrema condição de miséria em que encontravam os trabalhadores sem emprego. As greves são inevitáveis e passam a acontecer em diversos setores produtivos.
Em 1983, foi fundada a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que resultou da convergência de dois segmentos que emergiram nas lutas sindicais no final da década de 70, o sindicalismo combativo e as oposições sindicais, representa os trabalhadores da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, defende a redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, a extinção da contribuição sindical, a organização por local de trabalho, é contrária às privatizações, à aposentadoria por idade e tempo de contribuição, defende a democracia, o combate à corrupção, o combate ao desemprego, defende a reforma agrária, entre outros.